segunda-feira, 11 de junho de 2012

Mudo em mim. Gritando à ti (atchim).

Pensamos na linha reta que é a vida. Vão engano amador. A vida não é linha reta. A vida é torta e cheia de deformidades. Linha reta é a morte. Linha reta não é nem a verdade... Pode ser que muito seja descrito desse jeito. Como muralhas eternas em tamanho. Como vilões perversos e sem respeito. Muda muito pouco. Todos somos roteiros com um só final. É bem triste, mas o que muda é o miolo. Vem um de lá. Muitos de poucos. Me canso tão fácil de certas coisas: Michel Teló, gente pra trás, comida enlatada, água sem gás. Eu quero é grito de dor de um parto sem filho. Quero sangue que voa da jugular de nossas bocas em palavras e sentimentos guturais. Quero vida após a morte não por medo do inferno. Ou acreditar em algo, não por terror do invisível. Quero dias nublados em um país de desconhecidos. "Sois" nascendo ao contrário e luas discutindo comigo. Quero do tudo o nada e o tudo ao mesmo tempo, num compasso sem ritmo que muda todo momento. Que o facebook e seus duendes queimem no fogo da justiça. Quero mais do que lágrimas. Mais do que premissas. Eu vivo em um contorno do que foi sem poder ter sido. Do que aconteceu sem ter pedido. Da víscera suja de sangue seco do amor antigo. E do meio dessa merda toda, emerge um amigo. Que é tão inimigo como pode ser, na verdade dos fatos corrompidos. E pintamos um quadro em preto e branco colorido. Como uma orquestra interpreta a Flauta Mágica de Mozart só tocando guizos. Sou o rato que se escondeu na fresta e agora salta como diabólica besta sobre a platéia de fingidos. Desejo a morte dos que vencem e a solidão dos inimigos. Eu quero mais.


Muito mais do que isso.


Temo no dia em que eu mudar de rumo.


E me tornar triste, por não poder mais viver tudo e nada disso...

Sem comentários:

Enviar um comentário