quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Café enrolado na colher.

Dificil dizer.
Mas o mundo é uma cortina, cheio de figuras. Sombras e trecos pendurados.

Dificil dizer, eu sei.
Mas as pessoas, podem ser pesadas como pedras imóveis. Ou finas como recortes de papel. As vezes tão finas que dá até pra ver através delas. Ou queima-las com um isqueiro ! Ou rasga-las sem querer querendo, Chaves.

É complicado.
Mas tem dia que noite não dá. Diria um velho conhecido. Ainda bem que choro de rir com meus amigos. As vezes chorando mais, as vezes rindo mais. Ainda bem que meu cachorro de pelo cortado parece um morcego sem asas. É estranho.

Estranho é uma cachoira que sobe as pedras ao invés de descer.
Estranho é chuva de suco de uva.
Estranho é um cigarro infinito, que é fumado através das gerações de uma família.

Estranho é meu pé direito falar. Ou talvez seja o esquerdo nunca ter dito nenhuma palavra.
Tá isso não é estranho... Isso já assim a quase trinta anos. É tempo o suficiente pra ser considerado normal.

Ok, isso é normal.



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