quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Me cabe.

A frase curta me coube.
Silencio longo,
breve fim de tarde.
Nesse barco a vela

que navega na tempestade.
Mudam-se dias e anos.
E o relógio me persegue.
Quanto mais eu bebo,

maior é a sede.
O pensamento sucinto,

diz que sinto:
Muito e pouco

em uma palavra só.
Silêncio, meu velho amigo.
Faz tempo que não te chamo.
Faz tempo que não te amo.

Faz tempo que não clamo:
lacônica é a vida.
Que sem palavras

é dita.

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