quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Para quando eu me for.

Queria era escrever textos daqueles que fazem arrancar arrepios. Que as pessoas se emocionam quando leem... Que dizem que foi escrito pelo Pedro Bial ou pelo Luis Fernando Veríssimo. Textos daqueles que se leem em final de big brother, ou em seções de estudo no curso de literatura da PUC. Textos com aquelas frase do tipo: a vida é assim. Quem sabe o que é o amor? Mas na corrida da existência, todos somos vitoriosos. O mundo é lindo e gigantesco. Cheio de fadas e dragões escondidos, esperando os corajosos para os descobrirem.
Tu vê, eu queria escrever coisas assim, mas das pontas dos meus dedos só sai lodo e escuridão. Daqui, da praia onde as crianças mortas são trazidas pelas mares, o mundo não é tão bonito. Isso me lembrou dessa foto famosíssima dos anos 90, o autor se chamava Kevin Cartner.

Ele ganhou um Pulitzer pela fotografia tirada em 93.
E se matou em 94.


Era isso que eu queria fazer, a foto.

O bom de publicar algo assim, é que tu nem precisa pensar em um final.

É só olhar para a imagem.

Isso é final o suficiente para mim.

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