terça-feira, 1 de setembro de 2015

Eu vou guardar tudo o que eu escrever só para mim.

Eu disse que as palavras me fugiram.
Escrevi isso em um bilhete e o guardei.
Perdi o bilhete e depois o encontrei.

Não entendi o que eu quis dizer.
Então o rasguei.
As palavras, depois achei.
Não entendi o que diziam.
As mudei.
Troquei ordem.
Acentuação.
E tom.
Falei para mim mesmo.
Usei o espelho.
Vidro da janela.
Disse que seria bom.
Tropecei tentando.
Passo é pulo da alma.
O choro me enxágua.
Dia e noite.
Abraço de tchau.
Até logo, tu me disse.
Até quando perguntei.
Sozinho e sem resposta.
Eu fiz uma aposta.
Apostei comigo mesmo que iria vencer.
Assim não posso perder.
Quando luto contra mim, o que sobra vai além do fim.
Quando me batalho, eu mesmo me faço nascer.
Como um novo começo.
De páginas iniciais.
Nada além de palavras.
Aquelas que eu te dei.
Que tanto procurei.
E que ninguém mais tem.


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