segunda-feira, 17 de agosto de 2015

2+2=3?

Talvez alguém algum dia leia tudo o que escrevi aqui. A sensação de que a minha memória ficará registrada mesmo depois do meu tempo nesse planeta é esquisita. Talvez ninguém nunca entre aqui e em algum momento o blogger e o google decidam que os bytes e pixels que eu ocupo com esse blog devam ser cedidos a outra pessoa. Como "das cinzas eu vim e para as cinzas voltarei" só que na versão digital. Talvez isso tudo aconteça sem que ninguém saiba. No silêncio da história que não foi contada. Atrás das cortinas desse palco que é a vida humana. Esse pensamento assombra um pouco a minha existência. Como um fantasma que me persegue para onde vou. E eu já pensei muito sobre ele. Sei que a culpa verdadeira é do ego humano. Que de altruísta nada tem. Que nos transforma em crianças sem limites ou consequências. Que precisa de regulação constante e atenção total. Para que nossas ações não se tornem a doença que nos consome. Mesmo assim, algo sempre te consumirá. Qualquer coisa. O tempo. O fim. O vento. O não e o sim. Toda decisão é uma letra a mais nesse livro de final trágico. Nessa comédia de graça complexa. Na nossa história de tantos romances e dramas. De tantas lembranças e lágrimas. Um dia, eu planejo perguntar a alguém qual foi o sentido desse vento que soprou e nos trouxe para cá. Posso descobrir que nada existe e que o fim é mesmo o final. E nesse caso, tudo bem. Não haverá o que fazer. Mas caso eu acorde em qualquer outro lugar, após morrer, espero que pelo menos lá existam repostas. Outro dia, enquanto um cigarro queimava no meu dedo eu ouvi um personagem da minha imaginação dizendo que como sol e lua se alternam, são a vida e a morte. E que quem está do lado de lá, se pergunta porque precisa nascer de novo. Em um ciclo sem direção. Sem final. E de eterna repetição.
Estaríamos todos em uma dízima períodica da existência?

3,3333333333333?

ou 3,3333333339?

Sem comentários:

Enviar um comentário