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quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Sabor sábado de manhã !
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Quando chove todos reclamam. E quando faz calor todos reclamam. Mas quando está bom ninguém sabe o que fazer...
Segue o teu destino
Segue o teu destino,
Rega as tuas plantas,
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
De árvores alheias.
A realidade
Sempre é mais ou menos
Do que nós queremos.
Só nós somos sempre
Iguais a nós-próprios.
Suave é viver só.
Grande e nobre é sempre
Viver simplesmente.
Deixa a dor nas aras
Como ex-voto aos deuses.
Vê de longe a vida.
Nunca a interrogues.
Ela nada pode Dizer-te.
A resposta
Está além dos deuses.
Mas serenamente
Imita o Olimpo
No teu coração.
Os deuses são deuses
Porque não se pensam.
(Fernando Pessoa)
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Só queria dizer...
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
E o que vale a pena lembrar não precisa ser dito de novo.
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Sabe o que eu li ?
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Viðrar Vel Til Loftárása - Um dia perfeito...
terça-feira, 22 de setembro de 2009
De onde vem o "para onde vai" ?
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
(Vendaval - Fernando Pessoa)
Ó vento do norte, tão fundo e tão frio,
Não achas, soprando por tanta solidão,
Deserto, penhasco, coval mais vazio
Que o meu coração!
Indômita praia, que a raiva do oceano
Faz louco lugar, caverna sem fim,
Não são tão deixados do alegre e do humano
Como a alma que há em mim!
Mas dura planície, praia atra em fereza,
Só têm a tristeza que a gente lhes vê
E nisto que em mim é vácuo e tristeza
É o visto o que vê.
Ah, mágoa de ter consciência da vida!
Tu, vento do norte, teimoso, iracundo,
Que rasgas os robles - teu pulso divida
Minh'alma do mundo!
Ah, se, como levas as folhas e a areia,
A alma que tenho pudesses levar -
Fosse pr'onde fosse, pra longe da idéia
De eu ter que pensar!
Abismo da noite, da chuva, do vento,
Mar torvo do caos que parece volver -
Porque é que não entras no meu pensamento
Para ele morrer?
Horror de ser sempre com vida a consciência!
Horror de sentir a alma sempre a pensar!
Arranca-me, é vento; do chão da existência,
De ser um lugar!
E, pela alta noite que fazes mais'scura,
Pelo caos furioso que crias no mundo,
Dissolve em areia esta minha amargura,
Meu tédio profundo.
E contra as vidraças dos que há que têm lares,
Telhados daqueles que têm razão,
Atira, já pária desfeito dos ares,
O meu coração!
Meu coração triste, meu coração ermo,
Tornado a substância dispersa e negada
Do vento sem forma, da noite sem termo,
Do abismo e do nada!
domingo, 20 de setembro de 2009
Para jamais ser assim.
Sim, existe muita coisa pior brotando das colinas daquele que plantam flores, alcaçam amores e moram em casas com telhado vidraçado !
Este conto, é uma parte de mim. E eu escolhi dividir ele com o blog, por achar que o blog também é.
No dia do seu nascimento, sua mãe lhe deu o nome. Ainda fragilizada pelas dores do parto, ela mal conseguiu dize-lo. Por isso gemeu:
" - Arthur..."
Seu pai que se chamava Augusto, pensou:
"- Com h ou sem ?"
E batizou o menino deste jeito. Com um almoço de família, sorrisos, taças de vinho e copos de cerveja. Quando todos foram embora, ele foi até o quarto do mais novo morador da residência e ficou a observar a criança dormir.
"- Boa noite, Arthur..." - disse o pai orgulhoso com um sorriso que pais orgulhosos manifestam as vezes.
Com o passar dos dias, Arthur ouviria sempre de seu pai que a vida é uma torre, feita de tijolos.
Que devemos tomar cuidado para que a torre seja forte e não atropelar sua construção.
Augusto repetia todos os dias, a história do nascimento de Arthur. Até ele ficar grande o suficiente para se recusar a ouvi-la. Mas como ainda moravam na mesma casa, o pai sempre o lembrava que o seu nome havia sido dado por sua mãe.
Várias vezes, Augusto tentou abordar Arthur para contar-lhe de novo e de novo o episódio. Várias vezes Arthur se negou a ouvi-la até o final.
" - To atrasado pai..."
"- Agora não dá..."
"- Paaai, de novo ?"
Eram frequentes respostas.
Arthur se transformou em um homem e assim carregava suas próprias lembranças como um homem deve fazer.
Um dia, foi a vez do pequeno Arthur ouvir sua esposa, Janaína, gemer o nome do seu primeiro filho.
"- Frederico..." - disse ela.
"- Mas é uma menina respondeu o assustado Arthur..."
Janaína morreu parindo a filha. Era primavera e nem todas as flores do mundo conseguiram enterra-la. Não para Arthur. Que batizou sua pequena de Maria. E sempre contava-lhe que sua mãe morrera achando que a filha era um menino...
Um dia Arthur abriu as cortinas da pós vida e saiu do palco.
Sentou-se ao lado de sua Janaína, seus pais estavam na plateia.
"- Maria demorará do lado de lá..." - disse alguém.
Arthur ficou feliz em saber que sua princezinha viveria mais tempo do que o pai.
De lá eles assistiam juntos as comédias que a vida dissolve diante dos atores, entre lágrimas e sorrisos. Sol após Sol.
"- Posso te contar um segredo meu filho ?" - perguntou sua mãe carinhosamente.
"- Claro querida, fala..." - disse Arthur sorrindo.
"- Era sem h."
:)
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Meus olhos estão cobertos pelas mãos das crianças que não nasceram. O Arcade Fire concorda.
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Dissolver-se !
terça-feira, 15 de setembro de 2009
"Também erras ?"
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Eu só consigo criar ouvindo Sigur Rós.
Er Við Göngum Bæinn
Brosum Og Hlæjum Glaðir
Vinátta Og Þreyta Mætast
Höldum Upp Á Daginn
Og Fögnum Tveggja Ára Bið
Fjarlægur Draumur Fæðist
Borðum Og Drekkum Saddir
Og Borgum Fyrir Okkur
Með Því Sem Við Eigum Í Dag
Setjumst Niður Spenntir
Hlustum Á Sjálfa Okkur Slá
Í takt við tónlistina
Það Virðist Enginn Hlusta
Þetta Er Allt Öðruvísi
Við Lifðum Í Öðrum Heimi
Þar Sem Vorum Aldrei Ósýnileg
Nokkrum Dögum Síðar
Við Tölum Saman Á Ný
En Hljóðið Var Ekki Gott
Við Vorum Sammála Um Það
Sammála Um Flesta Hluti
Við Munum Gera Betur Næst
Þetta Er Ágætis Byrjun
sábado, 12 de setembro de 2009
Sim !
Sem sorrisos falsos
ou tristezas vastas.
Que me dê mão apertada.
Um beijo acarinhado.
Seus olhos gentis
e o coração apaixonado.
Vai me render com uma palavra.
Que seja o primeiro "oi" que vier.
Seremos par como sopa e colher.
Passos finos no caminho
também espero ter.
Escrevemos nosso livro diariamente,
mas como o final vai ser ?
São sonhos que vejo, se começo a imaginar.
Sem mais segredos e medos, meu bem,
é como vou te apresentar.
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
Pergunte ao tempo.
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Canta que é no canto que eu vou chegar.
Canto para mim qualquer coisa assim sobre você
Que explique a minha paz
Tristeza nunca mais.
Fernando Pessoa. (Não sei quantas almas tenho...)
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,
Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.
Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo : "Fui eu ?"
Deus sabe, porque o escreveu.