"- Ah se eu tivesse a tua idade..." - me diz uma senhora.
Todos somos jovens, só morremos cedo. Que dívida é essa, que temos que morrer para pagar? Ouço Suassuna suspirar. Eu não sei o que dizer. Mas penso que alguém saberia.
"- Não esquece de ser forte..." - me disse meu avo em um flashback de 30 anos quando eu cai e ralei meu joelho na pedra. Eu chorava, mas ele me pegou no colo, passou um paninho molhado para limpar a areia colada no sangue do joelho. Me acalentou e sorriu dizendo:
"- Não esquece de ser forte...". Eu parei de chorar sem entender.
O que eu esqueci? Como fico duro e forte? Chorar é errado? Meu joelho nem está ralado, o que eu estou dizendo?
Gira o mundo, gira tudo. Sobe o ar, desce o mar profundo. E a humanidade se faz e desfaz em um timelapse digno da cinematografia mainstream Hollywoodiana. Em algum momento, quando os carros voam e as esteiras carregam as pessoas pelo planeta, a tumba do vampiro se abre. Acordado e faminto ele diz:
Gira o mundo, gira tudo. Sobe o ar, desce o mar profundo. E a humanidade se faz e desfaz em um timelapse digno da cinematografia mainstream Hollywoodiana. Em algum momento, quando os carros voam e as esteiras carregam as pessoas pelo planeta, a tumba do vampiro se abre. Acordado e faminto ele diz:
"- Sinto sede de sangue de joelho ralado..."
Corram todos!
Corram todos!
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