Interno inferno eterno.
Que arde quieto.
Queima hodierno.
Sem luz, sem chama.
E conselho fraterno.
Vejo a navalha vindo.
Em silêncio, me consterno.
O corte abre.
Dor que não espero.
Sangue que desprezo.
Em silêncio e desespero,
alterno.
Um mundo
de gravata e terno.
Onde o antigo é
moderno.
E meu barco flutua
o galerno.
Minhas memórias
encaderno.
Fecho a casa,
espero o inverno.
Interno inferno eterno.
Dentro de mim,
me espero.
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