No mundo do eterno silêncio é onde elas vivem. Seus olhos são grandes e redondos, e lacrimejam constantemente um choro ritmado. Mesmo nos seus raros momentos felizes.
Elas se escondem por trás do véu da realidade. E fingem observar algo, enquanto olham para outro lugar.
E elas raramente fazem algum som.
Quem nunca te viu sorrir, não pode te entender chorando. Eu me falei. Pode ser que precise ser assim para que tenha sentido. Para que a gente possa conseguir.
Eu não. A azia me irritava enquanto eu escrevia. Meus dedos tortos. Meus pensamentos mortos. Meus olhos cansados. Tudo isso junto, no mesmo lugar, é como um ralo entupido. Cheio de fezes em putrefação. Cheios de noites sem luz. Vazios de amor. Imersos em solidão.
Não há lugar como aqui, me canta a canção. Não há. Não há lugar como aqui. Eles adoram a repetição. Adoram reouvir. Adoram e não há lugar como aqui.
Eu sei que não. Por isso talvez seja a hora de ficar ou partir.
Talvez seja a hora de dizer. De viver.
De (não ?) sorrir.
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