Há nada após os horizontes do mundo, além é claro do tudo.
E no tudo que há, existe um pouco do não ser que nunca foi.
Pois o passado do existir pode muito bem ser o presente do não.
A morte se rende como palavras a um caderno de anotações.
Palavras nunca dizem que recusam serem escritas.
Porque palavras não falam. Falam ?
Não falam.
Quem fala são olhos e os ouvidos. As bocas ajudam um pouco. Mas coitadas, as bocas falam tão pouco.
Me arrependo de nunca ter vivido o que nunca vivi. Me arrependo de ter vivido alguns dias que vivi. Mas não me arrependo de ter vivido sem me ver, viver. Porque vi e vivi também.
E como cantam na canção: "Se o que eu sou é também o que eu escolhi ser..."
A vida é breve.
O vento também.
O vento volta sempre. Sempre vai e vem.
E há vida ?
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