é o ato que laço sozinho
e sigo na rosa dos espinhos
deslocando horizontes
feito ave sem ninho
do gosto que senti
guardo só agosto
sem sal ou mel
sem rosto
pois a minha chama queima
e por muito ainda
deverá arder
sou feito de nervos, ossos e vontades
não de plástico e aço
minha alma se lava na lama
e ri das que vão pra água cristalina
não por demérito ou agonia,
nem contradição
mas porque suja e sofrida,
minha alma se lembra
que não há história de vida
que viva só de ilusão.
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