o que nossos corações fizeram.
Sorrisos alheios vão ser vazios.
E gelados como a neve.
Os abraços até nos acalentarão,
mas por pouco tempo.
O beijo é seco e desconcertado.
O carícia é muito rápida, ou muito lenta. Errada.
Nossa pele sente a falta das unhas.
Nosso calor da saliva.
Não vimos tudo na vida.
Mas o que vimos não será esquecido.
Dias e mais dias, em pilhas.
Como antigas cartas e velhos livros.
O inverno severo chega ao fim.
E o verão novamente é amargo.
Sentado nessa pedra, na beira da estrada.
Eu me esqueço de tudo que já esqueci.
Esperando que o futuro
não se esqueça de mim.
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