venha
Não fuja a sombra do que vem.
Como pequena aranha.
Nem se esconda sobre qualquer
bandeira.
Para aquele que virá,
imploro que pare.
Torne lento o passo apressado.
Tire fotos antigas do agora
e guarde.
Não esqueça de lembrar
dos velhos caminhos.
Pisados antes, por pés sempre sozinhos.
Abertos a tapas e lágrimas de
nunca mais.
Para aquele que virá, eu digo:
aqui jaz.
Vivo como se nascido ontem.
Feito por de sol no horizonte.
Repetindo sempre, a repetição de antes.
Abro os braços em abraços desculpados.
Grito ao berros o que jamais pôde ser gritado.
E aí me calo.
Para aquele que virá, digo:
que não te arrependas.
De mãos sujas, e lágrimas pequenas.
Afinal viver é um erro sem tamanho.
Onde todo acerto, não passa de breve
sonho.
Sem comentários:
Enviar um comentário